sexta-feira, 18 de setembro de 2009

CONTO Vizinho Parte I

Era quinta feira a tarde, um calor absurdo, estava deitada no sofá de shortinho e blusinha branca de obro a ombro, sem nada pra fazer, estava trocando que nem uma louca os canais da TV e sem achar nada, muito incendiada. Levantei-me, andei com pés descalços até a cozinha, abri a geladeira e....nada. Então resolvi ir ao mercado comprar alguma coisa e quem sabe alguém interessante aparecesse.
Peguei uma bolsa, calcei uma rasteirinha, prendi os cabelos e sai. Peguei o elevador e no décimo sexto andar entrou um menino de 20 anos aparentemente, olhos pretos, cabelos também, branquinho, estava sem camisa e... meu Deus!...que abdômen definido (confesso que tenho uma quedinha por meninos mais novos).
Entrou e super educado, me deu boa tarde e já puxei conversa comentando do calor e ele se enrredou comigo e até o térreo já sabia que o nome dele era Alexandre, 21 anos, morava no décimo sexto com os pais e fazia faculdade de Educação Física e (isso ele não comentou, mas percebi) gostava de pés, pois vi ele de olhos bem grudadinhos enquanto descíamos.
Saímos do elevador, ele segurou a porta, passei bem pertinho dele, deixando que ele sentisse meu perfume. Andamos pelo hall conversando e perguntei:
- Alexandre, to indo no mercado, quer uma carona?
- Ah! Eu quero.
E fomos em direção ao meu carro. Entramos e pude perceber os olhos estáticos a olhar meus pés enquanto tirava as sandálias e no decorrer do caminho enquanto freava, acelerava ele até gaguejava ao falar. (a coisa mais linda...).Já perto do mercado perguntei:
- E ai? Pra onde vai?Onde te deixo?
Ele olhou e disse:
- Posso te fazer companhia?Preciso comprar umas coisas e já que você vai....
Percebi que era desculpa, mas gostei e respondi sorridente:
- Claro.
Chegamos no estacionamento achei uma vaga e estacionei, para confirmar minha suspeita, abri a porta e esperei ele sair, larguei minha sandália no chão e fiz um tempo dentro do carro, como imaginei ele deu a volta e parou na minha porta, essa hora eu tive a confirmação e não erro, rsrs. Calcei as rasteirinhas enquanto ele babava.
Seguimos ao mercado, conversando e rindo... Já sabia até então que ele não tinha namorada a dois meses, que curtia balada e tinha uma tatto nas costas.
Entramos, fomos a sessão de frutas pra comprar morangos, aproveitei pra pegar alguns pêssegos e um deles caiu no chão, ele logo se agachou e aproveitou pra conferir cada curvinha deles. Fingi que nem olhei, mas com um sorriso todo cheio de más intenções agradeci. Peguei sorvete, pães e ele pegou bolachas. Passamos pelo caixa e voltamos ao apartamento.
No elevador de volta, resolvi perguntar:
- Ale! Vou te fazer uma pergunta, você me responde se quiser tah?
- Claro, pergunte.
- Você gosta de pezinhos??
Ele logo ficou vermelhinho e disse:
- Ta tão na cara assim?
- Uhrun. Eu respondi.
- Na verdade, geralmente não demonstro, mas os teus sai incrivelmente lindos que não podia desperdiçar um só segundo que eu pudesse pra vê-los, desculpa.
- Desculpa de que? Não é mal gostar de pés e agradeço os elogios.
Ele sorriu e não mais olhou... ( décimo quarto andar).
Décimo quinto...bem chegava a hora de decidir ou falava algo ou deixava ir embora...
- Ale! Quer me dar seu telefone, de repente a gente vai ao mercado juntos de novo, rsrsrs.
- Claro anotai. 6543-1234.
Logo anotei o celular.
Décimo sexto...
- Adorei te conhecer, me liga. Ele falou.
- Claro, deixa comigo e sorri.
Ele me beijou no rosto e eu vi a porta do elevador fechar...
Entre o décimo sexto e o décimo oitavo andar não parava de pensar no Ale. Saber que tem um podo a dois andares abaixo era torturante....
Bem a tarde deixava então de ser sem graça...
Chegando em casa, fui até a cozinha arrumar as coisas.. pães, pêssego, sorvete...sorvete??? Bem como é o destino não nos pregando peças... nada de sorvete, peguei o tel e liguei pro Ale.
- Alô.
- Alo, Ale?
- Quem é?
- Acho que tem algo com você que me pertence....
- Nossa! É mesmo tava vendo agora...seu sorvete tah aqui, vou ai te deixar. Qual o numero no seu AP?
- Não, não precisa, eu desço (mas morrendo de vontade que ele subisse,RS)
- Magina, já to no elevador. Qual o numero?
- 183, to na porta.
A porta do elevador se abre e ele vem.
- Aqui desculpa.
- Magina, já que teve esse trabalho, não quer tomar sorvete comigo? Eu não aceito não, mocinho...
- Sendo assim é sim né Domme. Ele riu e entramos....


.... Continua na Parte II aqui

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